De acordo com o levantamento, 91% acham a atividade como 'muito parecida com o normal
Uma pesquisa realizada pela empresa brasileira Global Line, especializada em treinamento e consultoria, realizada com 145 empresas multinacionais que atuam no Brasil, mostra que 58% dos profissionais entrevistados estão “muito confortáveis” com o trabalho remoto.
Além disso, das pessoas que responderam o levantamento, 36% estão “confortáveis” e apenas 6% “desconfortáveis”.
O estudo levou também perguntou sobre as dificuldades de trabalhar com equipe remota: 91% classificaram a atividade como “muito parecida com o normal”, “muito fácil” ou “fácil”. Apenas 9% responderam “dificil”.
Já quando perguntados sobre os desafios de trabalhar remotamente, os profissionais ouvidos apontaram:
- socializar (68%)
- desenvolver confiança (33%)
- comunicar (28%)
- dar feedback (22%)
- manter a meta comum (22%)
- liderar (15%)
- fazer amigos (14%)
Além disso, os profissionais apontam diversos pontos de melhoria que as empresas devem levar em conta na continuidade do trabalho remoto:
- segurança de dados (79%)
- comunicação efetiva (74%)
- maior foco em uma cultura humanizada e colaborativa (70%)
- manter o engajamento dos trabalhadores (65%)
- receber/acolher os novos colaboradores (53%)
- repensar práticas organizacionais (52%)
- avaliação de performance (51%)
- investir em ferramentas /treinamentos para o desenvolvimento humano (49%)
A pesquisa foi realizada com empresas, em sua grande maioria, de grande porte, sendo que 69% delas possuem mais de 10.000 funcionários e 70% faturam mais de US$ 1 bilhão por ano. A maioria delas (61%) tem sede fora do Brasil.
Aprendizados e paciência
O estudo detectou aprendizados dos profissionais em home office, como:
- adaptabilidade e paciência (18%)
- equilíbrio de vida pessoa/profissional (16%)
- organização e disciplina (16%)
- gestão do tempo (11%)
- abertura ao novo e criatividade (10%)
- empatia (6%)
- valorização dos relacionamentos (6%)
- manter foco (6%)
Devido a esses aprendizados, algumas atividades que pareciam muito difíceis acabaram se mostrando mais fáceis, como:
- comunicação de trabalho em equipe (25%)
- trabalhar em casa (19%)
- gestão do tempo pessoal/profissional (18%)
- não sair de casa (9%)
- manter o foco (8%)
- adaptação (8%)
- isolamento (5%)
No balanço geral, o trabalho remoto vem gerando sentimentos majoritariamente positivos: produtivo (52%), protegido (47%), cansado (45%), focado (35%), conectado (30%), solitário (17%), solidário (14%) e receoso (13%).
Principais dificuldades
A pesquisa também questionou sobre as principais dificuldades enfrentadas pelo trabalho remoto:
- Para 44%, é coordenar e separar atividades domésticas e profissionais no mesmo espaço
- 42% colocaram a conexão caseira de internet como um problema
- Para 40%, ruídos e interrupções caseiras são outro problema
- 38% admitiram dificuldades para controlar seus horários de começar e encerrar o trabalho
- 7% reclamaram das vídeoconferências em outros idiomas
- 2% têm dúvidas sobre o que vestir nas reuniões virtuais
De acordo com a pesquisa, antes da pandemia, apenas 26% enxergavam o home office como uma prática estratégica e real. Para 24% dos entrevistados, seria uma iniciativa aceitável para alguns cargos e posições (profissionais de vendas, por exemplo), 23% apontaram o trabalho remoto apenas como um saída para situações específicas, 14% disseram que era assunto presente nas reuniões de RH sem sair do papel e 12% afirmaram que ele nunca foi considerado.